Perspectivas para os exportadores brasileiros
Atualmente, os exportadores brasileiros enfrentam custos elevados ao realizar transações internacionais, devido à necessidade de converter suas moedas para dólares americanos. Isso envolve taxas de câmbio, custos de transação bancária e a complexidade dos intermediários financeiros. Com o BRICS Pay, as transações poderão ser feitas diretamente em moedas locais entre os países do bloco. Isso pode reduzir significativamente esses custos, facilitando a competitividade das empresas brasileiras no exterior, especialmente em mercados como China, Índia e África do Sul, que são destinos estratégicos das exportações brasileiras.
Até setembro de 2024, as exportações brasileiras somaram aproximadamente US$ 255,4 bilhões, sendo China, Estados Unidos e União Europeia seus principais destinos (dados do Ministério de Desenvolvimento). Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (SCRI), entre julho de 2023 e julho de 2024, a China foi o principal destino das exportações brasileiras do agronegócio, totalizando US$ 57,94 bilhões. Houve um aumento de 8,9% em comparação ao período anterior. Houve recorde em 2023 com as exportações de mais de US$ 60 bilhões, um aumento de mais de US$ 9 bilhões em relação a 2022. o que demonstra a importância de um sistema que facilite transações com este país parceiro no BRICS.
O BRICS Pay também representa uma oportunidade única para pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras. Dados do SEBRAE indicam que PMEs são responsáveis por cerca de 41% das exportações do Brasil, mas frequentemente enfrentam desafios, como o alto custo de transações internacionais e o acesso limitado a crédito barato. O BRICS Pay pode ser a chave para abrir novos mercados. Países como a Índia e a África do Sul, com economias em crescimento e mercados internos expressivos, são grandes potenciais para os produtos brasileiros. Com o novo sistema, essas empresas terão acesso mais fácil e direto a essas regiões, eliminando intermediários e tornando as transações mais rápidas e seguras.
Outro benefício significativo é a aceleração do fluxo de caixa. Atualmente, o tempo de espera para o recebimento de pagamentos internacionais pode ser longo, o que prejudica o fluxo financeiro das empresas. Com o BRICS Pay, o sistema promete permitir pagamentos mais rápidos e menos burocráticos, o que pode ser decisivo para que as empresas mantenham sua operação em funcionamento. Além disso, o BRICS Pay poderá ser acessado de forma simples e direta, com o uso de aplicativos e carteiras digitais, facilitando o gerenciamento financeiro.
Com a implementação do BRICS Pay, a eliminação de barreiras financeiras e a redução dos custos de transação oferecem às empresas brasileiras maior competitividade no mercado global. Isso é especialmente relevante considerando a demanda crescente por produtos brasileiros em mercados como a China, que, só em 2023, comprou mais de US$ 60 bilhões em produtos do Brasil. O BRICS Pay permite que as empresas brasileiras negociem com mais eficiência, sem as restrições tradicionais do sistema financeiro internacional, que depende dos Estados Unidos e do dólar.
Por fim, ao simplificar as transações, o BRICS Pay facilita a adaptação das empresas brasileiras às novas tecnologias de pagamento. Além disso, a plataforma foi projetada para funcionar dentro das regulamentações de cada país, o que significa que as empresas podem realizar negócios com maior confiança e em conformidade com as leis locais. A perspectiva é de que o sistema esteja em funcionamento completo até 2025, e a integração com os bancos centrais dos países do BRICS permitirá uma experiência segura e confiável para os usuários.